O paraíso


Conta-se que um jovem rapaz, Cristão fervoroso, sempre desejou saber como seria o Paraíso. Pediu então ao Anjo da Guarda, que lhe mostrasse como chegar até lá.
O Anjo então disse:
“Para alcançares o Paraíso, tens primeiro que percorrer uma longa estrada, carregando uma cruz semelhante à de Cristo. Ao final da estrada, encontrarás o Paraíso”.
Pegou então o jovem a cruz, feita, por ele mesmo, e começou a seguir pelo caminho indicado.
Cristão fervoroso, mas também, jovem com artimanhas de sua idade teve a seguinte idéia:
“Vou levar a cruz, mas, a cada quilômetro percorrido, cortarei um pequeno pedaço de madeira; assim ela se tornará mais leve e, para todos os efeitos, eu a terei carregado até o fim da estrada”.
E assim fez ele. Foi cortando pedaço por pedaço e, quando se deu conta, a cruz se tornara bem pequena.
“Para minha sorte – pensou – cheguei ao final da estrada”.
Foi quando percebeu que havia um despenhadeiro separando a margem da estrada onde ele estava, da outra margem.
Repentinamente apareceu o Anjo e, já prevendo a sua pergunta, disse-lhe:
“Usa agora a tua cruz. Deita-a e ela te servirá de ponte desta margem até a outra. Lá encontrarás o Paraíso”.
Qual não foi a decepção do jovem consigo mesmo quando viu que a cruz que ele tinha se havia tornado um pequeno toco leve e inútil!
Olhou então o Anjo e disse:
“Se tu tivesses carregado a tua cruz, conforme eu te instruí, ela agora serviria de ponte que te levaria até o Paraíso, que tanto sonhavas encontrar!”.

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